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Muitas espécies de Capillaria que
infectam o trato gastrintestinal das aves apresentam ciclo direto, outras
apresentam poliquetas como hospedeiro intermediário. Os vermes
adultos podem penetrar na mucosa do trato digestivo, determinando hemorragia
de mucosa e lesões diftéricas em infecções maciças.
Alguns capilarídeos parasitam o trato digestivo superior (galináceos) causando lesões diftéricas na boca, faringe, esôfago e inglúvio de algumas espécies.
Alguns capilarídeos parasitam o trato digestivo superior (galináceos) causando lesões diftéricas na boca, faringe, esôfago e inglúvio de algumas espécies.
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Os sinais clínicos podem ser
diarréia, perda de peso, anorexia, penas arrepiadas, depressão, vômito e
anemia. Os achados necroscópicos mais freqüentes são enterite hemorrágica,
atrofia da musculatura peitoral e plumagem descolorida decorrente da
má absorção dos nutrientes promovida pelas lesões nas mucosa intestinais.
O curso da doença pode ser breve com morte súbita, mas o mais comum é a
forma crônica e debilitante.
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O diagnóstico é feito pela
visualização de ovos bipolares característicos no exame de fezes; pela
necropsia, quando se vê vermes filiformes aderidos na mucosa do trato
digestivo; e no exame histológicos, que demonstra uma enterite hemorrágica
e estruturas compatíveis com ovos e formas adultas de Capillaria sp, e
resposta inflamatória predominantemente mononuclear, característica de um
processo crônico.
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Como medida preventiva, o ambiente
deve ser desinfetado e o substrato do piso deve ser removido, pois os ovos
ficam viáveis no ambiente por muitos meses.
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A capilariose é um problema comum em
zoológicos e criadouros, sendo condições propícias à parasitose a
superpopulação de aves em viveiros, más condições higiênicas ambientais,
viveiros mal planejados e persistência dos ovos no meio. A capilariose é uma
das causas mais freqüentes de morte de ranfastídeos (tucanos e araçaris)
em zoológicosbrasileiros. Causa também elevada mortalidade de psitacídeos. A
capilariose é menos freqüente em psitacídeos de estimação e mais comum em
galináceos, que estão em contato direto com o piso.
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Muitas drogas têm sido utilizadas
para o controle destas infestações, tais como o mebendazol, fenbendazol,
albendazol, levamisol, ivermectina, pamoato de pirantel e praziquantel,
contudo, o efeito nem sempre é o esperado, talvez porque algumas espécies
de Capillaria estejam resistentes aos anti-helmínticos usuais ou porque a
forma de administração não esteja possibilitando níveis terapêuticos. O
fenbendazol e o levamisol têm sido utilizados com mais sucesso. Quando a
necrose da mucosa intestinal é extensa, o tratamento énormalmente pouco
eficiente. A experiência clínica indica que os anti-helmínticos devam
ser administrados em doses maiores e por maior período para surtir efeito
nos ranfastídeos. A
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desverminação é mais bem conduzida em
sistema de isolamento das aves parasitadas para evitar a reinfecção. A
administração de vermífugo só deve ser suspensa após sucessivos exames de
fezes negativos, indicando sucesso terapêutico.
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