Calopsitas podem ser criadas em gaiolas muito grandes de 1,0 X 0,5 X 05
metros para um casal. Pode ser colocado um ninho de madeira do lado de fora (com
um tamanho aproximado de 20 X 20 cm de frente com entrada redonda e 35 cm de
comprimento). Atualmente encontram-se à venda ninhos prontos para calopsitas.
Porém muitas vezes eles não têm a qualidade ou atendem às nossas necessidades.
Nestes casos devemos ou fabricá-los ou encomendá-los a quem os faça. Alguns
criadores recomendam a instalação de dois poleiros de diâmetros diferentes. Há
aqueles que adotam poleiros que contém uma lixa fina na parte inferior do
poleiro. Desta forma as unhas das aves são automaticamente 'lixadas', evitando
problemas de excesso de comprimento. Algumas aves, porém, podem acabar tendo
uma espécie de 'alergia' nas patas. Desta forma vale a pena observá-las quanto
a isto. Nas limpezas das gaiolas nunca devemos esquecer, também, limpar os
poleiros.
Os gaiolas devem ser preferencialmente retangulares (evite os de formato
arredondado ) e de arame ( nunca de madeira - as calopsitas adoram roer madeira
) . Mesmo o arame deve ser visto como um item à parte de forma a facilitar sua
limpeza. Deve-se optar por arames galvanizados ou, melhor ainda, os encapados
que podem mais facilmente ser limpos (embora saiam mais caro). Estes gaiolas
devem ser instalados em um quarto ou outra dependência ventilada sem,
entretanto, ter correntes de ar. As correntes de ar, sobretudo em tempos mais
frios, são um enorme problema para aves. Preferencialmente devem-se posicionar as
gaiolas de forma a que possam receber o sol da manhã. A exposição ao sol é
necessária para as aves da mesma forma que para os humanos. Caso as gaiolas
acabem ficando muito tempo expostos ao sol ( problema sobretudo no verão ) é de
bom senso fornecer anteparos que criem sombras e possam, assim, proteger as
aves da exposição excessiva. O melhor a fazer é deixar a própria ave ter a
opção de escolher a exposição que mais lhe convém. Não se esquecer de fornecer
bebedouros, comedouros e uma 'banheira' para as aves. Atentar para estas
banheiras. Retirá-las o mais breve possível após o seu uso pois as aves podem
vir a beber desta mesma água e ter problemas de saúde. Deixar espaço para
fornecer as demais alimentações como milho, verduras, frutas, legumes,
farinhada.
Da mesma forma elas podem mesmo comer parte da parede ou mesmo do
concreto (!). Isto é normal e não acarretará problemas a suas aves, apenas ao
seu bolso.
Não nos devemos esquecer da higiene necessária ao ambiente em que as
aves irão ficar. Devemos regularmente desinfetar gaiolas, ninhos, bebedouros,
comedouros, tudo que se refere às aves. É aconselhável a limpeza utilizando
produtos especialmente destinados a isto como, por exemplo, Kilol-L. Utilizar
sempre os produtos que são facilmente degradáveis e que agredirão o mínimo
possível suas aves. Uma intoxicação da ave por produtos químicos que
normalmente usamos em casa podem ser fatais mesmo com um contato mínimo.
Infelizmente isto nem sempre é adotado pelo criador. As aves acabam morrendo
sem causa aparente e sem que o criador tenha a mínima noção do problema.
Não
utilizar jornais nas forragens em gaiolas. Jornais são impregnados com chumbo
e já tivemos notícias de diversos criadores que tiveram suas aves mortas por
esta intoxicação. Utilizar papel pardo ou rosado em seu lugar. Ou então se
utilizar das serragens que normalmente são vendidas em pet shops. Além de
representar um risco bem menor a serragem proporciona melhor absorção da
umidade e, em consequência, acaba gerando menos odores ruins ao ambiente.
Procure utilizar serragens de florestas replantadas, se possível. Atualmente o
custo da compra de serragem em lugar de jornais acaba saindo mais em conta do
que os próprios jornais.
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